Estamos há 0 dias acertando a premonição do futuro

 Isso aqui era pra ser um estudo de redação, vai ser na verdade. Mas acho que preciso esquentar primeiro, falar umas abobrinhas, plantar umas batatas pra colher mandiocas no futuro. Tenho que falar sobre "as tecnologias na educação: democratização afetiva ou ilusória?" mas não consigo me sobrepor, me vencer a escrever nas regras necessárias, muito menos na estrutura necessária. "Aprender a escrever é aprender a pensar" algum professor de cursinho falou isso em algum dos 40 vídeos sobre redação que já vi e pelo visto eu não sei pensar. Pode parecer estranho mas acho que não penso de forma regular, não que eu seja irregular como no skate, de base trocada, O grande majestoso único ser vossa excelência que pensa diferente dos outros, mas é que não tenho bases, estruturas de pensamento mesmo. Não sei porque as pessoas tendem a pensar que ser diferente é tão legal, tão singular, tão especial. Eu mesmo só queria ser como as pessoas normais com estrutura, que pensam de forma lógica, ou que conseguem expor exatamente o que pensam da forma que pensam e que não tivesse essa ruptura no pensar. É como se houvesse uma ranhura, um rachado em meio a minha estrutura cognitiva, buraco esse que só aumenta ou se espalha a medida que me disperso cada vez mais com tecnologia e os aplicativos como Instagram e Twitter. Mesmo os exercícios de foco como meditação e yoga se fazem difíceis nesse contexto, é como ter uma mente de macaco dispersa pra sempre, que tá sempre pensando em alguma coisa e no meio de um "ooooh" aparece macaco, banana, pelo, piolho, macaquice, palhaçada, palhaço, riso, "mmmm", uns segundos de paz e daí a gente volta pra respiração e esse ciclo se repete algumas vezes. Eu tô desde às 10 horas da manhã de hoje tentando escrever 1 redação, uma mísera redação. Dormi mais que o necessário à tarde pra fugir, caí, levantei e aqui estou. Agora são exatamente 20:02 e esse ciclo fechado em si mesmo se completará em mais alguns caracteres. Não sei porque eu tenho e ou estou com tanto medo de escrever, minha barriga dói um pouquinho, meu coração agora acelera e senti um leve apertar do peito aqui. Li temas, escolhi o que escolhi por ter uma proximidade com isso, por ter feito a outra redação do ano num mesmo terreno e assim conseguir desenvolver mais fácil essa, só que tá sendo até mais difícil que a primeira. 
 Depois de 30 linhas no parágrafo resolvi fazer outro. Acho que esse medo de escrever vem da confirmação de não saber escrever tendo que o fazer. Criei toda uma estrutura, tópicos separando a introdução dos desenvolvimentos e da conclusão, não parece bom mas é o que temos. Não consegui também fazer um raciocínio lógico claro sobre o tema também sabe? As ideias aparecem, daí surgem outras que parecem melhores, depois outras, mas na hora de eleger as melhores e manter um fio condutor do assunto é que tenho problema. Apesar de ter um raciocínio pronto pra isso agora, não tenho muitas referências, vou dizer na redação que eu acho que a educação não começa na escola e pra se ter uma educação boa não basta só uma escola "boa" ou tempo de estudo. O ser humano é um ser complexo, composto de múltiplas forças que o complementam, então não dá pra julgar se uma escola é boa ou ruim sem julgar os alunos que ali estudam, a classe social que têm, a família que tem, o bairro onde vivem, a segurança que possuem, os alimentos que comem. Sem contar a experiência única que cada ser possui, se é branco, preto, mulher, homem. Vamo tentar começar essa bagaça.

Título:   Tchumariuflaguer rebondetesker hilmar tchumariufley 

  A raça humana vem progredindo em avanços tecnológicos desde sempre e isso não significa somente a criação de uma inteligência artificial como o ChatGPT ou de um óculos de realidade virtual lançado pela Apple. Novas tecnologias foram criadas na agricultura quando aprendemos a selecionar uma fruta mais suculenta para replantar, na compreensão do mundo quando descobrimos que a Terra é redonda e gira em torno de uma estrela, ou seja, meios mais modernos de solucionar um mesmo problema. A fim de termos uma nova educação, precisamos primeiro resolver questões básicas como a fome, a segurança, o trabalho infantil, acesso à internet para todos, terapia disponível gratuitamente nos postos de saúde.
  Em primeiro lugar, o ser humano é complexo e composto de diversas forças que atuam sobre ele não podendo assim ter um bom estudo se não possui uma segurança alimentar,  aprender uma matéria se em casos de operações policiais em sua comunidade tem que se deitar no chão de sua escola, se tem que trabalhar para ajudar com as economias de casa e não tem um tempo para se divertir. Precisa-se igualar os brasileiros a mesma condição de conforto e estrutura para que possam ter as mesmas oportunidades de aprendizagem.
  Além disso, urge uma reforma educacional que traga os alunos para serem participantes da sua formação e que saiam desse lugar de passividade imposto pelas escolas. Essa atividade transformadora que é o ato de estudar deve ser acompanhada de maturidade para fazer escolhas conscientes de si e do indivíduo que deseja se tornar, e seria melhor conduzida se os professores tivessem auxílio de pedagogos e psicólogos em seu ambiente ajudando a lapidar um modelo para cada estudante pois cada aluno em essência é uno.
  Portanto, é mister saber que a reforma educacional não será completa com mais tempo de professores em sala de aula, mas sim da qualidade desse ensino e a que se encontram os seus aprendizes. O processo é construído de forma mútua entre professores e alunos em um ambiente que seja agradável, limpo, organizado e seguro. Sendo assim, é necessário que o governo por meio de meio de medidas públicas reduza a pobreza com uma ampliação do projeto Bolsa Família, invista em segurança nas áreas mais críticas e perigosas onde facções criminosas se mantém ativas como no Rio de Janeiro, que forneça internet gratuita e de qualidade no interior onde pessoas não têm acesso e que a terapia psicológica seja incluída nos atendimentos do SUS para que tenham acesso e possam lidar melhor com seus sentimentos em relação aos lugares em que vivem nas condições que possuem.


 Fui ficando meio cansado pro final e saiu do jeito que saiu, mas também, desde cedo, quase 12 horas pra fazer uma redação meu filho. Difícil hein, meu cérebro tá derretido aqui. Tô morto com farinha. Espero que ano que vem, ou mesmo esse ano ainda, eu olhe pra esse texto e fale: noss que merda mano, olha como eu melhorei, que bom! 
De qualquer jeito, obrigracias aos envolvidos.

Kaô do momento, não consigo escrever de forma lógica, linear e estruturada. Será que um dia eu aprendo? Cara, eu queria poder escrever textos legais com as ideias mirabolantes que tenho, mas que fizessem algum sentido. Por exemplo, esse texto é "ótimo" na ideia pra mim, dizer que a educação depende de uma base estrutural, que o ser humano é um ser complexo e não consegue trabalhar sua aprendizagem se tem diversos pensamentos anuviando o seu caminho, se tem tecnologias roubando a sua atenção e sua capacidade de se concentrar em uma mesma atividade por um certo período de tempo, se têm sentimentos com os quais não sabe como lidar e o mantém sobrecarregado, impossível aprender alguma coisa pensando em se matar, pensando em ter o que comer, se apanha do seu pai ou da sua mãe, se não tem um ambiente seguro, estável, limpo e organizado. Pra aprender bem teríamos que possuir essas condições, nem falei de racismo, homofobia, machismo. Mas é isso, na minha cabeça, condições de aprendizagem envolvem não só um ambiente externo mínimo, mas agradável, seja na escola, em casa e um ambiente interno saudável onde tenhamos um conhecimento emocional pra lidar com o que estamos passando, se não estamos ansiosos, depressivos, gripados, etc etc.

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